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A PRIMEIRA A 
SUMIR

A série reúne trabalhos que congregam apropriação e intervenção em fotografias antigas – marca da poética da artista – e uso de suportes em tecido, no caso: panos bordados ou em crochê. Sorridentes ou compenetrados, próximos ou distantes, os rostos femininos despontam no centro desses delicados panos, submetidos ao recorte e à fixação pela costura, além de, eventualmente, à adição de elementos como pérolas, brincos e adornos. Se há um inconteste desejo de perenidade por trás da imagem fotográfica, Rochele nos alerta que também ela pode esvanecer, quando não se extinguir. E então, partindo de suas obras, o que restaria? Tecido? Bordado? Brincos? Pérolas? Seriam esses elementos os mais importantes? A artista comenta: “Este trabalho evidencia uma das questões da imagem fotográfica: sua incapacidade de reter o tempo. A aposta na eternização é feita através da fotografia, mas ela é incapaz de cristalizar a existência, incapaz de permanecer. A memória ou o vestígio almejado pelas retratadas tem um prazo. As imagens também envelhecem e também morrem.”

 

Texto de Paula Ramos, curadora, pesquisadora e crítica em História da Arte.
 

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